O
playboy Rubinho (Victor Pecoraro) bem que tentou ser o primeiro
beijoqueiro da trama, logo na primeira cena, e ainda apelou, estreando
de cueca sob os lençóis. Mas, foi só Claudia (Giovanna Antonelli) falar
de casamento que o tempo fechou entre os dois. Ele ainda correu atrás
dela e pediu a bitoca, mas ela recusou no ato. Na pele do mimado
aparentemente mau caráter, Victor terá uma boa chance de se aproximar do
público. Levando o sotaque português de volta às falas de Ricardo
Pereira, Vicente quase beijou a revista em que Grazi Massafera, na pele
de Lucena, faz sua única aparição na estreia, como modelo, radiante em
uma fotografia.
Miguel Falabella,
que escreve a novela, não se contentou em contar a história só nos
roteiros, e assumiu o papel de narrador da história. Com diálogos bem
explicados e o complemento do autor, o capítulo cumpriu o seu papel de
apresentar a trama.
O núcleo cômico,
uma das grandes apostas da novela, mostrou, mais pela caracterização do
que pelas piadas, que promete divertir o público. O destaque é de Mãe
Iara (Claudia Jimenez), que deve invocar espíritos alegres com seu jeito
franco. A uma cliente que pergunta se ela traz mesmo a pessoa amada em
três dias, a mãe responde: “trago, mas não posso espancar o sujeito para
ele vir a força”. A travesti Ana Girafa (Luis Salém) conseguiu chamar a
atenção sem exageros, e mesmo com seu jeito espalhafatoso, manteve-se
discreta.
Os vilões Maruska e
Alberto também não pecaram pelo excesso. Nada de gargalhadas maléficas
ou humilhações desnecessárias. Foram simpáticos e nem pareceriam mal
intencionados, se não fosse pela vontade de derrubar a favela Covil do
Bagre. Diogo Villela e Stella Miranda, como Felizardo e Locanda, estavam
bem sintonizados. Já a líder comunitária Sarita (Sheron Menezes) estava
pra lá de boazinha, vide a cena em que consola uma das crianças do
orfanato Lar da Mão Aberta.
Quem
sentiu falta de um beijo mais forte logo no primeiro capítulo, pôde
matar a saudade “daqueles beijos”, já que a abertura da novela traz
alguns dos melhores exemplares da história da teledramaturgia., ao som
de “Garota de Ipanema”, na voz de Xuxa e Daniel Jobim, neto de Tom
Jobim.
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