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sábado, 7 de abril de 2012

“Aquele Beijo”: Diogo Vilela é o ‘cabra’ mais versátil da novela. Com o olhar, chora quando está feliz e sorri quando está triste


Diogo Vilela é um daqueles atores que prende a atenção do público em qualquer situação: seja fazendo humor na TV, como em “TV Pirata” e outros tantos programas, seja no cinema, em "O Auto da Compadecida", entre outros filmes de sucesso, mergulhando no mundo dramático de Shakespeare interpretando “Hamlet” no teatro. Quem teve a chance de vê-lo nos palcos com certeza reconhece a diferença. É um ator que parece engolir o personagem para depois deixa-lo saltar através de seus olhos, seu gestual, a entonação de cada palavra. Não tem sido diferente em “Aquele Beijo”, novela das sete da Globo que está em sua reta final. 

Seu personagem, o nordestino Felizardo, ao longo desses oito meses de novela inspirou os mais diversos tipos de sentimentos no telespectador: desprezo, pela forma machista como trata sua mulher, Locanda (Stella Miranda); revolta, porque sua ingenuidade não o deixa perceber que está sendo enganado pela falsa irmã, Damiana/Toinha (Bia Nunes); indignação, por tratar a filha Raissa (Maria Maya) como se fosse uma bastarda, e agora, apesar de todos os seus defeitos, consegue despertar pena por ter sido revelado que ele está sendo enganado e não saber também que Agenor (Fiuk), seu maior orgulho, na verdade é filho biológico de... Fábio Jr. 

A cena de sexta-feira (6), em que Agenor, já sabendo que não é filho biológico dele, diz: “Na vida, o que importa não são as instituições e sim o afeto, o sentimento. Eu, por exemplo, apesar de todas as suas maluquices, te adoro, pai!”. Emocionado, mesmo sem saber da verdade, o nordestino chora e abraça o rapaz. E no capítulo desse sábado (7), desmoronou ao ser esnobado por Locanda e assumir que é apaixonado pela mulher. É a partir daí que Felizardo parece começar a deixar que a emoção fale um pouco mais alto do que a razão e o instinto de sobrevivência herdado de suas raízes.

Felizardo é um cabra da peste, mas só a interpretação de Diogo Vilela seria capaz de não transformá-lo em uma caricatura de Lampião. O ator tem o equilíbrio certo na hora de pesar a emoção com gestos rudes, reações até mesmo grotescas, fruto da necessidade de sobrevivência após a trajetória difícil que teve. Apenas com o olhar, Diogo consegue chorar quando está feliz e sorrir quando está triste. 

Com tantos desfechos já previsíveis, a reação de Felizardo ao saber que Damiana não é sua irmã e Agenor não é seu filho, com certeza será uma das cenas mais aguardadas no fim de “Aquele Beijo”. E é de se esperar que Diogo não fique novamente mais de uma década longe das novelas. Ele faz falta. 



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