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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Crítica Patrícia Kogut sobre "Aquele Beijo"



Claudia Jimenez, Stella Miranda, Marília Pêra, Bia Nunes, humor, romance, frasismo inspirado. Eis alguns sinais da assinatura de Miguel Falabella e ela está presente em tudo em “Aquele beijo”, novela das 19h que estreou semana passada. Se o horário é considerado “complicado” por muitos, ele parece mais afinado com o espírito-Falabella que o das 18h, para o qual ele escreveu “Negócio da China”. Sua nova história é divertida até o ponto do autodeboche. Prova disso é a personagem de Jacqueline Lawrence, que surgiu em cena com um tapa-olho bem típico das novelas mexicanas. Além disso, Cininha de Paula dirigiu lindas sequências em Cartagena e na Paraíba.

A narração de Falabella é outro acerto em cheio. Esperto, ele desviou do perigo da literalidade. O autor fez do recurso algo que adiciona charme à história e, eventualmente, complementa uma cena com informação. É uma aposta na inteligência do público e serviu ainda, nos capítulos iniciais, para apresentar os personagens e sugerir futuras situações. Por exemplo, Claudia (Giovanna Antonelli, bem no papel) quer “o que todos nós queremos: alguém que nos ame, nos assuma e nos perdoe”, narrou ele.

Falando em Giovanna, ela enche a tela com seu carisma. Não só ela: Claudia Jimenez está divertidíssima como a picareta Iara. Na primeira semana, destacaram-se ainda Diogo Vilela, Stella Miranda, Marília Pêra, Bruna Marquezine, Elizangela, Bruno Garcia e Juliana Didone. A participação de Marcélia Cartaxo nos primeiros capítulos foi especialíssima. Herson Capri, talentoso ator, seria outro trunfo da novela não fosse precoce a sua volta ao ar como um personagem de caráter duvidoso, logo depois do Cortez de “Insensato coração”, um dos mais bem-sucedidos da sua carreira. Ricardo Pereira e Grazi Massafera ainda podem crescer. Victor Pecoraro, ao contrário, parece a anos luz da responsabilidade que lhe foi confiada. Fiuk também não entusiasma. Além disso, a trama dos ricos querendo despejar os pobres é surrada e as cenas de demolição nos primeiros capítulos se resumiram a um festival de planos fechados para disfarçar a produção econômica.

Noves fora, “Aquele beijo”, que conta com uma abertura muito simpática, tem tudo para ganhar o coração do público.

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